As inundações que afetam a Itália nesta semana causaram danos à Basílica de São Marcos, na cidade de Veneza, a qual guarda as relíquias do evangelista.

Desde segunda-feira, 29 de outubro, foram registradas fortes chuvas, ventos de 120 quilômetros por hora e inundações. Até o momento, cerca de 12 pessoas faleceram.

A mídia local informou que o nível da água alcançou 156 centímetros em Veneza. Diversas praças, lojas, ruas, museus e casas foram inundadas.

Este fenômeno da "Acqua Alta" não é algo raro na cidade, normalmente ocorre entre as estações de outono e primavera. Entretanto, este ano foi registrado um dos níveis mais altos de inundação.

Na Basílica de São Marcos, a água entrou pelo solo – que ficou submerso em 75% – e permaneceu em um nível de 90 centímetros durante 16 horas.

O primeiro procurador do templo, Carlo Alberto Tesserin, indicou à mídia que a inundação afetou as portas de bronze, as colunas e os mármores.

"A igreja tem uma estrutura de tijolos que, encharcados com água salgada, deterioram-se até uma altura de vários metros, colocando em perigo os mosaicos que estão nas abóbadas", advertiu.

Tesserin lamentou que "em apenas um dia a basílica envelheceu vinte anos" e que "nos prometeram e também a toda a humanidade que isso não ia acontecer novamente".

As áreas mais prejudicadas da Basílica de São Marcos, construída no século XI, são o Batistério e a Capela Zen, cujos pisos estavam adornados com belos mosaicos.

"Para nós, reparar os danos causados ​​pelas inundações frequentes, além dos custos altos, está se tornando cada vez mais difícil e poderia tornar-se impossível, especialmente em um cenário de mudança climática global considerada pelo mundo científico", assegurou Tesserin.

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